terça-feira, 2 de dezembro de 2008

novas releases na xs records [pt netlabel] - xs 39, 40 e 41

Depois de algum tempo sem editar fosse o que fosse (sorry, a minha vida pessoal não me tem permitido fazer muito mais do que aquilo que tenho feito pela minha netlabel), eis que surgem, na xs records [pt netlabel], 3 novas edições de uma assentada.

A primeira, do projecto multidisciplinar japonês exportion, trata-se de uma série de três contínuos (drones) num carácter minimal e ambiental; a segunda, de mezcup, um projecto de musica concreta (que contudo eu me atreveria a denominar como música electroacústica), tem um carácter rítmico e expressivo do ponto de vista tímbrico/espectral significativo; a terceira, directamente de coimbra para o mundo, trata-se da mais recente investida de marco ramos (minson) e samuel gana (xarope, jackpooote, talismu, etc.) , que apresentam em engenho um projecto onde o noise se cruza com o free jazz, num jeito muito peculiar, que é no fundo, uma reflexo do modo como encaram a música, e a existencial em geral.

Seguem-se então as press reviews, e imagens da capa de cada uma das releases:

[xs-39] exportion - stream of consciousness

"exportion is sound and visual project.
We are alive in the interstice of the fantasy and the reality.
This story is a fantasy but a reality.
We travel from the reality to non-reality again.
It considers, time and space become one flow that forms the world at time.
The two worlds exist in the same time and the verges exist close to u.
The world not seen if consideration is not turned.
Door that opens by feeling that it is strong.
The door is open and we travel to the world that has not seen yet.
We express it by the sound and the image."
(pelos músicos)

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[xs 40] Mezcup - 2008
"As a result of experimental compositon methods, this music is concrete. It’s concrete because there’s no abstract chart, partition or proclamation that the composer set, before creation. It’s concrete because the music is created with direct interaction with the sound and creation is started with hearing total involvement of every single sound." İlhan Mimaroglu



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[xs 41] Engenho - Amazónia
"Quando Álvares Cabral chegou ao Brasil, a 22 de Abril de 1500, o país já contava com cerca de 2 milhões de habitantes indígenas. Havia música. Samuel Ufus (CMEAK, Jackpooote, Talismu) e Marco Osni (Minson, Necrostilet) – Engenho – têm em «Amazónia» um tributo ao povo nativo do Brasil. As problemáticas da «descoberta» do Brasil pelos portugueses e consequente colonialismo desenfreado ou a floresta virgem que não conseguiu sobreviver ao passar do tempo nem às mãos malévolas do homem, estiveram na génese filosófica de «Amazónia». A música de Engenho para este primeiro EP, consubstancia, portanto, as ideias acima apresentadas, com uma base rítmica a ligar todos os temas, de «Selva» a «S.O.J.A.». Mas se o ritmo, efectivamente, é o elo de ligação de todos os temas, Engenho aventura-se por vários territórios musicais de diferente estética, desde o ambiente mais negro até qualquer coisa como paranóia sonora free noise boa, porque Engenho é malta ligada à música exploratória, desligada de preconceitos, rica em fusões e infusões…
Selva | Insectos envoltos em noise. Insectos noiseabundos. Paranóia sonora noise free boa. Vocals alienígenas. No meio da parafernália noise o coração bate. Depois é sempre a abrir. On the road a fugir dos insectos até ao próximo bar fumarento de jazz.
Sangramento | Electrónica de contornos dark ambientais em África. Banda sonora para sonho pesado ou para prancha de bd por nascer. Temos sangue, pois, e então? Sangra coração. Com batida Engenho.
Viagem Filosófica | O tema q Nietzsche nunca ouviu. Se deus existe por é q o Engenho existe? E porque é q faz criação sonora? Por ser da sua natureza.
Colonização | Distrai-me com o Anthony Hopkins.
S.O.J.A. | Tema de contornos narcóticos q Mr. Burroughs haveria de querer escutar."
Luís Antero (Out Level)

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