domingo, 21 de maio de 2017
[Mi259] : Yumiko Ueno - roar
[UK]
We are experiencing times where the vertigo for differentiation and the urgency for pioneering take us the focus of the essential: doing good stuff with good taste.
We compose, play, record and produce in a daily basis, in the bedroom, in the living room, in the marquise or in the bathroom. It's fabulous. But in the end, things are as they always were and as they always will be: good or bad. In fact, there are today more good stuff and more bad stuff. There is nothing bad about it since we assume that the process of gold mining is longer and the sieve finer. It is important to explain that Yumiko Ueno is a "self made japanese woman", multi-instrumentalist who did everything alone: lyrics, composition, arrangements, voice and guitar. After hearing "Roar" it is clear that she has always treated his auditory pavilions very well. She surely had an immaculate education.
This first EP doesn´t bring anything new. It is a terrible frankness. It does not seek or hide from anyone that is why, without complexes, we immediately locate it in the shoegazer geography.
“Roar" stinks to Ride (its nerve) – we are talking about a rock girl - but it is impossible not to wave Slowdive, particularly because of the voice and some delicate fingering found through the brave guitar torrent. Still, this locomotive is “Rider” than anything else: rock swing, guitar walls more syncopated than dense and fragile. Then, inevitably and as it is often the case, there is always My Bloody Valentine to fertilize from the altar, giving life to everything that seems dead.
It is true that "Roar" also visits some dream pop (by the way, what is not dreaming in the japanese imaginary). We immediately remember ourselves from the sadly "disappeared" Asobi Seksu of Mrs. Yuki Chikudate. You should really let be stumbled in this first breath of life and please do not lose sight of it. After all, it is not every day that someone walks so many miles to please us. Pay attention! “Now, looking for who can play drums and who can play bass”. If it was not so far, I would not think twice or maybe…I will do it from my room.
[PT] Vivemos tempos em que a vertigem pela diferenciação e a urgência pelo pioneirismo nos tira o foco do essencial: fazer coisas boas e com bom gosto.
Compomos, tocamos, gravamos e produzimos diariamente, no quarto, na sala, na marquise ou na casa de banho. É fabuloso. Mas, no final, as coisas são como sempre foram e como sempre serão: boas ou más. Aliás, há hoje mais coisas boas e mais coisas más. Não tem mal nenhum desde que assumamos que o processo de garimpagem é mais demorado e a peneira mais fina.
É importante começar por explicar que Yumiko Ueno é uma menina japonesa “self made woman” multi-instrumentista e que fez tudo sozinha: letras, composição, arranjos, voz e guitarra. Depois de ouvir “Roar” fica claro que sempre tratou bem seus pavilhões auditivos. Terá sido esmerada a sua educação. Este primeiro EP não traz nada de novo. É de uma franqueza terrível. Não procura nem se esconde de ninguém. É por isso que, sem complexos, imediatamente o localizamos na geografia shoegazer.
“Roar” tresanda a Ride (pelo nervo) – é que a menina é rockeira – mas torna-se inevitável o acenar aos Slowdive, muito por culpa da voz e de alguns dedilhados mais delicados que se repescam por entre a torrente mais brava de guitarras. Ainda assim, esta locomotiva é mais Ride do que outra coisa qualquer: balanço rockeiro, muralha de guitarras mais sincopada do que densa e delicada. Depois, inevitavelmente e como costuma sempre acontecer nestes casos, há My Bloody Valentine a fertilizar e a fechar todas as pontas, lá de cima do altar, dando vida a tudo o que parece morto.
Sendo certo que “Roar” também visita alguma dream pop (aliás, o que não é sonho no imaginário nipónico?) imediatamente nos lembramos dos “desaparecidos” Asobi Seksu, da senhora Yuki Chikudate.
Em resumo, é minha sugestão que se deixem mesmo tropeçar neste primeiro folego de vida e, já agora, que não o percam de vista. Afinal de contas, não é todos os dias que alguém percorre tantos quilómetros para nos agradar. Olhem , olhem! “Now, Looking for who can play drums and who can play bass”. Se não fosse tão longe, nem pensava duas vezes.
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