Transient é um daqueles artistas prolíficos, com uma imensidão de discos já editados ou em netlabels ou no mais puro e sincero espírito do Do It Yourself de hoje: Lança as suas músicas no seu site. Desta forma, para seguir a sua carreira, o seu site pessoal é incontornável.
Este último trabalho abraça não só o seu nome como está almofadado pela Miasmah o que, por si, indica obra superior. Em menos de 15 minutos e 5 faixas, Transient mostra que está mais orgânico afastando-se da IDM e da electrónica que o caracterizava assentando arraiais no hip-hop (latu sensu). Esta incursão só lhe fica bem a augura bom futuro, visto que no presente, este Magnets EP é cheio, mas não causa indisgestão, não exagera nem abusa na decoração fugndo porém a um conjunto de esqueletos sob o epíteto “minimal”. O cuidado na manipulação dos samples cresce no disco de forma segura e, mais ainda, com caminho convicto traçado por passos decididos sabendo muito bem para onde nos quer levar e como nos fará lá chegar, ainda que, aqui e ali, se deixe tropçar num compasso (litralmente) de espera.
É essa orgânica que permite o dramatismo e a tensão de “Beyond possible grasp” um temo cheio que se esconde e que temos de aguardar até que se mostre como é: uma pequena jóia. “Woodsie bike ride”, na mesma linha, permite inventividade, surpresa rítmica e delicadeza onde não se espera.
Transient está em grande forma, com uma distinção que não lhe era conhecida, tal como um vinho mais maduro e de flavour complexo do qual se espera ainda mais na próxima vindima.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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