Samplando “de todo o lado”, consegue “prestar o contributo aos artistas, à música, ao conceito e à época” nos quais se alicerçam alguns dos seus temas e, partindo daí, formar temas com evolução própria, com um groove singular e que grava uma identidade bem marcada neste “Fractal EP”. De facto, houve um conceito por trás deste disco e isso é notório.
“Diatrabalhonoite” foi aclamado e, o facto de ter sido premiado pela Zona6 com uma gravação de um dubplate (10” transparente) num concurso, só potenciou o buzz de Darksunn. Mas neste tema, tal como em “Deus Ex Machina”, “Diatrabalhonoite” ou “It Came From The Sky”, existe uma narrativa rica que foge à aridez que algum hip-hop nos impõe, visto que não há só o groove, há também um balanço cadenciado sobre samples vintage que enriquecem (e aquecem) o disco.
É exactamente na base do hip-hop (os samples, claro) que, quem não tem este género como o eleito, está toda a atenção de quem o ouve. Recorrendo a um trabalho sobre estes samples “menos modernos” Darksunn mostra-nos uma banda sonora aqui e ali de um filme de Blaxploitation onde o funk e a soul aterram na base rítmica do hip-hop.
Sabe a pouco este “Fractal EP” e esperam-se novos trabalhos de Darksunn. Alguém sabe de alguma coisa?
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