Muhr não só é músico há alguns anos como acompanhou a evolução do netaudio desde o seu início e, desde 2001, gere uma das mais carismáticas netlabels, a Camomille. Os seus trabalhos foram já editados na Zymogen, Serein, Miasmah, entre outras, mas é da edição (a mais recente) na 12rec, “Anthèmes our les Regrets”, que vamos falar.Este disco, trabalhado sobre a obra gráfica de Eric Adrian Lee, complementa-o com os cerca de três quartos de hora de música ambiente orgânica onde se utilizam drones, field recording e sons sintetizados melancólicos, arrastados e emocionais. Facilmente esta música se inseria num ambiente fílmico onde temas como “Our Tired Souls” introduzem dramatismo e, por outro lado e em contra-ponto, “Le Cycle est sans Retard” induzem meditação. “Anthèmes pour les Regrets”, a faixa que dá nome ao disco e “Le Cycle est sans Remords”, assentam sobre sons de guitarras trabalhadas com delay, fazendo a ponte entre a calma introspectiva e a ebulição controlada de emoções. Nesta última, um lo-fi de base faz a cama para sons mais clássicos de viola e outras frases melódicas.
Por outro lado, um certo experimentalismo desiquilibram este disco, não o tornando de audição “automática” desde as primeiras audições. Ilustram esta condição “Improvisation II”, um tema de 15 minutos e “Mes Ruines, tes Ruines”.
Enquadrado numa forma mais escura e, aqui e ali, densa, é emocionalmente carregado. Muhr, dá tempo ao tempo e à música, não a apressando, o que permite degustar este disco.
Download em zip.
domingo, 20 de abril de 2008
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